Sabemos que o ter um aparelho celular hoje em dia tem se tornado cada vez mais indispensável, não somente para fins pessoais, mas também para situações relacionadas ao trabalho.
Segundo uma matéria publicada no site Uou, com base em um relatório State of Mobile, da empresa de análise de aplicativos App Annie, o Brasil é um dos países em que os indivíduos mais usam um aparelho celular, gastando em média um terço das suas horas acordadas para o seu uso.
Essa pesquisa e o comportamento da sociedade têm demonstrado um fato, que ter um aparelho em mão e uma internet funcionando é algo muito usual, ou seja, um hábito adquirido pelo ser humano no século XXI, o que não é muito surpreendente.
Mas a pauta que não tem passado despercebida e até tem dado alguns problemas no ambiente profissional, é o seu uso excessivo e inapropriado para certas ocasiões, onde muitos funcionários deixam de desenvolver tarefas ou procrastinam atividades, em prol de aplicarem boa parte de seu tempo para seus smartphones.
A situação tem se tornado tão constante, que tem gerado regras e leis, em uma tentativa de melhores relações entre os trabalhadores brasileiros e as empresas contratantes, aplicando mais precisamente o que foi estabelecido, e em certos casos, até fazendo o uso mais incisivo da justiça trabalhista.
Já ocorreram casos em que os funcionários foram demitidos pelo uso inadequado e excessivo dos seus celulares, embora muitas empresas ainda procurem manter boas relações com seus subordinados e tentem aplicar algumas estratégias para inibir essa prática.
Os jovens demostram uma dificuldade ainda maior com essa questão, pois eles tiveram uma influência ainda maior com o uso da tecnologia, diferente de outras pessoas, de gerações distintas as deles.
A geração Z, sendo formada de pessoas que nasceram na primeira década do século XXI, por exemplo, tem uma relação de maior proximidade com a era digital e não imagina a sua vida sem os recursos tecnológicos e sem o uso constante de seus celulares.
As pessoas dessa geração estão no mercado de trabalho ou estão buscando uma inserção, não apresentando tanta dificuldade em buscar através de um computador, tablet ou smartphone, uma vaga de trabalho ou até a sua integração em uma empresa, através de vagas relacionadas a sua idade, como é o caso do programa jovem aprendiz, por exemplo.
Esse programa pode ser uma oportunidade para jovens entre a faixa etária entre 14 e 24 anos incompletos, já que não exige experiência e também não exige qualificações específicas para os cargos, o que é muito útil para pessoas com baixa formação escolar e sem vivência o mercado de trabalho.
A questão é quando esses jovens já estão na empresa, pois alguns acabam se prejudicando em relação às práticas de uso da tecnologia, e não é por não conseguirem aprender sobre novos sistemas ou sobre programas de computador, mas sim no seu comportamento observado.
Alguns desses jovens, não só fazem o uso inapropriado de celulares no seu horário de trabalho, como têm apresentado outros problemas que afetam o cotidiano das empresas, pois alguns passam a noite e a madrugada em uso de redes sociais e afins, que por consequência na manhã seguinte trazem como resultado pessoas dispersas, sonolentas e indispostas, diminuindo os seus rendimentos gerais, diminuído a produtividade da mão de obra e até aumentado o número de absenteísmo.
Com isso podemos verificar que é muito importante buscar o equilíbrio entre o trabalho e os interesses individuais de cada pessoa, para evitar perda de renda (por parte dos trabalhadores) e a perda de resultados organizacionais (por parte das empresas). Isso quer dizer que o ser humano tem pela frente o desafio de fazer a melhor gestão entre vida pessoal e vida profissional, ou seja, o ajuste entre o homem e a máquina.
Fontes de pesquisa:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/geracao-z.htm
Veja mais sobre "Geração Z" em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/geracao-z.htm
https://gizmodo.uol.com.br/brasil-e-lider-no-uso-de-celular-com-mais-de-5-horas-diarias/