O
conceito de educação financeira é geralmente identificado à necessidade
de guardar dinheiro. No entanto, só se pode começar a enriquecer
efetivamente quando o sujeito tem a consciência de sua situação financeira deficitária
e/ou a importância de se melhorar a condição atual.
Muito mais do que uma atitude ou planejamento financeiro, a educação financeira é um conjunto de ações como cortar gastos, investir, multiplicar ganhos e acumular riqueza. Somente assim, uma pessoa poderá formar um patrimônio sólido, crescente e saudável.
De forma sucinta, educação financeira é a arte de dominar o dinheiro, tornando-se mais consciente de cada ação em relação a ele. Sem esse entendimento e ações práticas, a vida financeira de milhares de pessoas são afetadas, sem uma relação saudável com o dinheiro.
Dificilmente uma pessoa conseguirá ter
sua independência
financeira e ser bem-sucedido sem educação financeira, pois a riqueza não está ligada à sorte. Pouquíssimas
pessoas ficaram ricas por acaso. Normalmente é necessário muito trabalho,
disciplina e tempo.
A riqueza é ligada a um planejamento
traçado e realizado a cada atitude. Seguem algumas dicas de educação
financeira:
1 - Domine as três etapas do acúmulo de riqueza
Ganhe, economize e invista. É preciso aplicar os
03 passos para acumular patrimônio. Ao receber o salário, o
primeiro passo é pagar todas as contas. Se tiver dívidas deve-se
negociar e parcelar dentro do orçamento.
2 - Faça aplicações mensais (Não na poupança)
Aplique para criar um hábito
positivo, acumular quantias e ganhar rendimentos. Não é
aconselhável investir na poupança. Ao buscar segurança e rentabilidade
é aconselhável, por exemplo o CDB, o Tesouro Direto, e outros produtos
de renda fixa.
3 - Diferença entre preço e valor
As roupas, eletrônicos e afins possuem um
preço, mas pouco valor a longo prazo. Esses são gastos
passivos. Já o valor investido rendendo dinheiro todo mês tem
mais valor. É importante entender
essa relação quando se possui dinheiro disponível.
Faça escolhas deixando as emoções de
lado. Não se deixando iludir por marcas que não agregam nada além de preço.
Cada coisa possui um preço e um valor, se o preço for maior que o valor,
não faça negócio.
4 - Aprenda a Economizar
Muitos indivíduos compram por impulso. Afinal,
todo o sistema varejista é programado com que as pessoas comprem. As
promoções sempre parecerão imperdíveis. Administrar as emoções e os seus
impulsos de compra são essenciais.
5 - Estipule Metas
Com uma lista de prioridades, não se
conta apenas com sorte e capacidade de poupar. Por exemplo, para trocar
de carro ano que vem, já com uma entrada, pode-se fazer um investimento
de médio prazo, ajudando a juntar dinheiro e multiplicar o capital.
6 – Respeite o seu dinheiro
Pode haver muito esforço envolvido para ganhar dinheiro. Aprender a respeitar esse valor é a base da educação
financeira. A questão inclusive não é só ganhar mais, mas também economizar.
É mais simples deixar de gastar do que ganhar mais.
7 - Faça um planejamento e pague suas dívidas
Consertar os
erros do passado é um dos primeiros passos, não
se pode deixar contas acumularem, por exemplo. Os juros são altos
e podem comprometer o planejamento financeiro. Negocie as dívidas
e depois faça um planejamento futuro, revisando-o de tempos em
tempos.
8 – Prepare-se para imprevistos financeiros
O primeiro objetivo deve ser investir
para a reserva de emergência e sanar imprevistos. Ela deve equivaler a 6 meses (em média)
do custo de vida mensal, sendo utilizada para situações emergenciais.
9 - Converse com o parceiro
É necessário conversar com o cônjuge e
explicar sobre o planejamento, os objetivos e um plano de ação para conseguir o
resultado, para poder garantir o sucesso financeiro e um relacionamento mais feliz, pois o dinheiro
pode ser um dos motivos de brigas conjugais.
10 - Prepare-se para a aposentadoria
A educação financeira também deve ajudar
a estar preparado para o futuro. Por isso, uma ótima dica é planejar
a aposentadoria agora.
Pode ser difícil pensar a tão longo prazo, mas quanto antes você começar a se
planejar e a economizar, melhor. Invista para a aposentadoria.
A educação financeira é tão
relevante, que em 2017, foi incluída na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) da educação infantil e do ensino fundamental. Isso significa que o
assunto pode e deve ser abordado além da matéria de matemática.
O Banco Central fez um programa para
integrar a educação financeira em algumas matérias, podendo ser
utilizado por escolas públicas, bastando que as secretarias de educação dos
municípios queiram. A ideia é ajudar as pessoas a viverem bem com o que ganham.
Um fator
importante a considerar é que não existem atalhos. Deve-se ter cuidado com
qualquer promessa de dinheiro fácil. Essa
é a primeira lição da educação financeira. É importante saber que o dinheiro
não renderá da noite para o dia em uma grande quantia.
Com o passar dos anos e com aplicações
mensais, os juros compostos farão o trabalho, com o dinheiro rendendo
sucessivamente, gerando uma bola
de neve financeira. Valerá a pena ser disciplinado por
alguns anos para ter paz no presente e um futuro garantido.
Investimento
Investimento é toda aplicação de recursos ou gasto
que gera um retorno futuro. Não é necessário ser um especialista em finanças
pessoais para saber como investir dinheiro, muito menos para começar a
investir.
Ao fazer um investimento é preciso
analisar a saúde financeira. Investir R$ 1.000 com juros a 0,5% ao mês, mas
devendo o mesmo valor, com juros de 10% ao mês não vale a pena, pois haverá
perda, já que ao final a dívida será muito superior ao valor resultante do
investimento.
Além disso, ao estudar sobre investimentos,
percebe-se que deixar o dinheiro na caderneta de poupança também não é
um bom negócio. Assim, com as dívidas todas quitadas (ou pelo menos
controladas) e suas finanças no azul, é hora de planejar os seus
investimentos.
Como já citado, existe um ponto muito
relevante, o fundo ou reserva de emergência, que é uma certa quantia
guardada para ser usada em caso de necessidade real, tais como:
- Doença;
- Desemprego;
- Conserto de bens essenciais;
- E qualquer outra situação grave que acabe gerando despesas extras, que não foram previstas no orçamento.
O valor a ser reservado é equivalente a
pelo menos 3 meses de salário, mas o ideal seriam 6 meses, ou até 1 ano, segundo
alguns educadores e investidores financeiros. Esse valor também de deve
ser avaliado dependendo da sua estabilidade no emprego.
Investimento na prática
O primeiro passo é saber o objetivo ao se investir. É necessário avaliar o motivo do investimento e o que se deseja conquistar com isso, podendo ser qualquer objetivo. É importante sabê-lo e os motivos disso são simples: motivação, disciplina, foco e constância.
Após estabelecer os objetivos, deve-se estimar o valor de cada investimento. Fazer esse levantamento é necessário para definir não só a quantia a ser investida, mas também o prazo de aplicação.
O dinheiro poderá ser investido todos os meses ou de uma única vez, embora aplicar constantemente seja um essencial para ter sucesso nos investimentos. O importante é que ele esteja dentro do orçamento e que se consiga manter a meta.
Algo muito importante é ter o hábito de se pagar primeiro. Então, assim que se recebe o salário, já deve-se separar o dinheiro para investir.
Para que o dinheiro não acabe se desvalorizando (como ocorre na Caderneta de poupança) é preciso conhecer as suas opções de investimento, para buscar as melhores alternativas e rentabilidades para cada caso.
São diversos tipos disponíveis e alguns envolvem um risco maior do que outros. Porém, em linhas gerais, há duas categorias de investimentos: renda fixa e renda variável, conforme explicado abaixo:
Renda fixa - Investimento em um título público ou privado, ou seja, empresta o dinheiro para uma instituição, e em troca é remunerado por isso. O risco é baixo e o investimento é seguro. A taxa da remuneração pode ser prefixada (sabe-se na hora que faz o investimento) ou pós fixada (atrelada a um índice econômico): Taxa Selic, IPCA, CDI).
Os principais investimentos
de renda fixa são (em ordem alfabética):
- CDB;
- Debêntures;
- Fundos de Renda Fixa
- Letra de Câmbio;
- LCI/LCA;
- Tesouro Direto.
Renda variável - Não há rentabilidade garantida e com as mudanças no mercado, as aplicações podem se valorizar ou desvalorizar repentinamente. Por isso, envolve um maior risco. Contudo, os retornos também podem ser incrivelmente maiores, principalmente, no longo prazo.
A grande questão é fazer uma
análise precisa para identificar boas oportunidades, fazer as melhores escolhas
e alcançar resultados expressivos, ou pagar uma taxa para que alguém faça isso,
que é o que ocorre no caso dos Fundos
de Renda Variável.
Os principais investimentos
de renda variável são (em ordem alfabética):
- Ações;
- Commodities;
- Contratos Futuros;
- Fundos de Investimentos Imobiliários;
- Fundos
de Renda Variável.
É essencial que se pesquise e estude sobre investimentos, assim como os
diferentes tipos existentes, para que se tenha condições de escolher as
melhores aplicações, sem ser enganado por qualquer tipo de oferta e sem danos
ao seu patrimônio, conquistando a liberdade financeira.
FONTES
DE PESQUISA:
BELINSKI, H. Educação
Financeira - Conceitos e 11 Dicas Para Ficar Rico. Blog.Rico. Disponível
em:< https://blog.rico.com.vc/educacao-financeira >. Acesso em
10/08/2020.
